Brasil – O mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma transformação significativa no perfil religioso da população amazonense. O Censo Demográfico 2022 aponta uma queda expressiva no número de fiéis católicos no estado, ao mesmo tempo em que os evangélicos ganham espaço.

De acordo com os dados, a proporção de católicos no Amazonas caiu de 60,01% em 2010 para 47,39% em 2022. Essa redução foi observada em praticamente todas as regiões do estado, refletindo um movimento nacional de declínio da religião tradicionalmente predominante no Brasil. Em contrapartida, os evangélicos cresceram de 30,56% para 39,37%, consolidando-se como o segundo maior grupo religioso na região.

A mudança é evidente em municípios como Juruá e Itamarati, onde a taxa de católicos caiu de forma mais acentuada. Já localidades como Carauari registraram um expressivo crescimento dos evangélicos, impulsionado por novas igrejas e pelo avanço de denominações pentecostais. Esse fenômeno acompanha uma tendência observada em outros estados da região Norte, onde Rondônia e Acre já lideram o ranking de maior percentual de evangélicos no país.

Especialistas apontam que o crescimento evangélico está ligado a diferentes fatores, incluindo a forte atuação de igrejas em comunidades periféricas, o apelo das mensagens voltadas para o cotidiano e a oferta de suporte social para fiéis. Além disso, mudanças na estrutura familiar e no perfil demográfico da população contribuem para esse novo cenário religioso.

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No contexto nacional, o catolicismo atingiu 56,7% da população, o menor percentual já registrado em um censo, enquanto os evangélicos alcançaram 26,9%. Com esse avanço, o Amazonas passa a ocupar a terceira posição entre os estados com maior proporção de evangélicos, ficando atrás apenas de Acre (44,4%) e Rondônia (41,6%).