
Anvisa aprova uso do Mounjaro para perda de peso
Brasil – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira, o medicamento Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da obesidade no Brasil. O remédio, produzido pela farmacêutica Eli Lilly, já era utilizado no país para o controle do diabetes tipo 2, mas vinha sendo prescrito de forma off-label para ajudar na perda de peso.
A decisão representa um avanço significativo no combate à obesidade, uma condição que atinge cerca de 20% da população brasileira, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. Com a nova indicação, médicos poderão prescrever o Mounjaro para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m² ou para aqueles com IMC entre 27 e 30 kg/m², desde que tenham alguma comorbidade associada, como hipertensão ou pré-diabetes.
Resultados promissores
Estudos clínicos conduzidos pela Eli Lilly indicam que o Mounjaro pode levar a uma redução de peso comparável à cirurgia bariátrica. Em testes realizados nos Estados Unidos, pacientes tratados com tirzepatida apresentaram uma perda de até 20% do peso corporal, com melhoras significativas em fatores como glicemia e colesterol.
O medicamento age estimulando dois hormônios que regulam o apetite e o metabolismo, GLP-1 e GIP, proporcionando uma sensação de saciedade prolongada e reduzindo a ingestão calórica. Especialistas apontam que essa abordagem pode ser revolucionária para o tratamento da obesidade, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades com dietas e exercícios físicos sozinhos.
Disponibilidade e custo
O Mounjaro será comercializado em canetas autoinjetoras, similares às utilizadas por pacientes diabéticos. O preço deve variar entre R$ 1.400 e R$ 2.300 por mês, dependendo da dose prescrita. O alto custo pode limitar o acesso ao tratamento para uma parcela da população, mas há expectativa de que planos de saúde possam incluir o medicamento em suas coberturas futuras.
Especialistas recomendam que o uso do remédio seja acompanhado por um profissional de saúde e combinado com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas. Além disso, o medicamento não é indicado para gestantes, lactantes ou pessoas com histórico de doenças gastrointestinais graves.
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A aprovação do Mounjaro pela Anvisa coloca o Brasil na lista de países que estão investindo em novas terapias para o tratamento da obesidade. Com o crescente avanço das pesquisas na área, a expectativa é que mais opções cheguem ao mercado nos próximos anos, ampliando o acesso a tratamentos eficazes e seguros.
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