
Criança sequestrada em Minas Gerais é localizada em Manaus
Manaus – Uma criança de apenas dois anos, desaparecida há cerca de um mês e meio, após ter sido retirada à força de Minas Gerais, foi localizada na última quarta-feira (11/06) em uma residência na Zona Leste de Manaus e devolvida com segurança à genitora em Minas Gerais no dia seguinte. A ação, coordenada pela Defensoria Pública e pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc-AM), expõe a complexidade de operações interestaduais de combate à retirada indevida de menores.
De acordo com a Defensoria Pública de Minas Gerais, o sequestro ocorreu sem qualquer respaldo judicial ou consentimento materno.
“Recebemos denúncias de que homens armados se apresentaram como familiares, mas não tinham qualquer documento ou autorização para levar a criança”
Kanthya Miranda
Em Manaus, equipes da Sejusc-AM, em parceria com a Defensoria local, identificaram o imóvel onde a criança estava sendo mantida. Após confirmar a identidade e a situação de vulnerabilidade da menina, as equipes cumpriram a ordem judicial.
Encaminhada a um abrigo municipal, a pequena passou por avaliação médica e psicológica. Profissionais da Sejusc-AM prestaram atendimento integral, garantindo que recebesse acolhimento adequado até o retorno à família. A genitora, brasileira de ascendência venezuelana, reside em Minas Gerais e não pôde viajar a Manaus devido a limitações financeiras.
Na quinta-feira (12/06), a criança embarcou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, acompanhada por um psicólogo da Sejusc-AM para assegurar que o reencontro ocorresse de forma assistida e protegida. Ainda no local, a secretária executiva de Direitos da Criança, Rosalina Lôbo, destacou:
“É para isso que trabalhamos: garantir que os direitos das crianças sejam respeitados e que elas possam estar com quem realmente cuida delas.”
Este já é o sexto caso identificado em 2025 no Amazonas envolvendo retiradas indevidas de menores. A Sejusc-AM ressalta que vem ampliando sua atuação não apenas em operações interestaduais, mas também em cooperação internacional, como no caso de devoluções ocorridas em parceria com autoridades da Venezuela, reforçando uma rede de proteção cada vez mais sólida.
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