Cabotegravir: A nova aposta do SUS na prevenção ao HIV

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O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá contar, até o final de 2025, com uma nova ferramenta na prevenção ao HIV: o cabotegravir injetável, um medicamento inovador que promete ampliar a adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) e reduzir taxas de infecção pelo vírus.

A inclusão do fármaco na rede pública está sendo negociada entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica GSK/ViiV Healthcare, que desenvolve a medicação. A expectativa é que, caso aprovado, ele seja distribuído gratuitamente a grupos prioritários, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e profissionais do sexo, oferecendo uma opção de prevenção mais prática do que a PrEP oral, que exige doses diárias.

O cabotegravir injetável foi aprovado pela Anvisa em junho de 2023 e já é utilizado em diversos países, com resultados animadores na redução de novos casos de HIV. Diferente das opções tradicionais, que dependem da adesão diária, ele é administrado via injeção intramuscular a cada dois meses, garantindo proteção contínua sem a necessidade de comprimidos diários.

De acordo com especialistas, essa praticidade pode ser fundamental para grupos com dificuldade de aderir à PrEP oral, seja por barreiras no acesso à saúde, rotina atribulada ou resistência ao uso de medicação contínua. Um estudo conduzido pela Fiocruz, que avalia a viabilidade da implementação do medicamento no SUS, já indicou que ele pode aumentar significativamente o número de pessoas que aderem à prevenção.

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Enquanto negociações avançam para a oferta gratuita no SUS, o cabotegravir injetável já está disponível no setor privado, sendo vendido em farmácias, clínicas e consultórios especializados. Apesar do custo elevado, especialistas ressaltam que sua incorporação ao sistema público pode reduzir gastos futuros com o tratamento do HIV, diminuindo a incidência de novos casos e as demandas por terapia antirretroviral.

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