
Padrasto é preso por estuprar enteada cadeirante no AM
Um homem de 29 anos foi preso preventivamente na última quinta-feira (1º) em São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas, suspeito de estupro de vulnerável contra sua enteada, uma mulher de 30 anos com paralisia cerebral e mobilidade reduzida. O crime teria ocorrido no dia 20 de maio deste ano, dentro da residência da família.
Segundo informações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o suspeito aproveitou a ausência da companheira e da irmã da vítima, que haviam saído para resolver questões pessoais, para cometer o abuso. A vítima, que é cadeirante e dependente de cuidados constantes, ficou sob responsabilidade do padrasto durante esse período.
A situação foi descoberta quando a irmã da vítima retornou à casa e flagrou o homem sem roupas, arrastando a enteada pelas pernas. Assustada, ela acionou a mãe e denunciou o caso à polícia. O suspeito fugiu do local após ser confrontado, mas foi localizado e preso semanas depois, após investigação da Delegacia Especializada de Polícia (DEP).
“A vítima se encontra em condição de extrema vulnerabilidade, o que torna o crime ainda mais grave. A prisão preventiva foi solicitada e deferida pela Justiça, garantindo que o suspeito responda pelo ato privado de liberdade”, informou o delegado responsável pelo caso.
O homem foi encaminhado à unidade prisional da cidade e está à disposição da Justiça. Ele deve responder por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão.
Histórico de violência
Casos de abuso sexual envolvendo padrastos têm se tornado recorrentes no estado. Em julho, um homem foi preso em Manaus suspeito de estuprar a enteada de 4 anos, que contraiu uma infecção sexualmente transmissível (IST). Em outro caso, no município de Autazes, um padrasto foi detido após exames confirmarem o estupro da enteada de 12 anos.
Organizações de defesa dos direitos da criança e do adolescente alertam para a importância da denúncia e vigilância familiar, especialmente em situações que envolvem pessoas com deficiência ou dependência física.
Como denunciar
Casos de violência sexual podem ser denunciados de forma anônima pelo Disque 100, canal nacional de proteção aos direitos humanos, ou diretamente às delegacias especializadas. Em Manaus e no interior, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) também atua na apuração de crimes contra vulneráveis.
Publicar comentário