De ‘roupa nova’: cadeia histórica será espaço para economia criativa
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Palco de grandes rebeliões e protestos, cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa passará por requalificação
A cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, situada na avenida sete de setembro, bairro Centro, zona Centro-Sul de Manaus, vai passar por um processo de requalificação e se tornar um Centro das Tradições Amazonenses.
Nas alas, que antes abrigavam apenados, ficarão stands voltados para economia criativa e também culinária amazônica. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC) informou que o projeto que viabiliza a requalificação está em fase de desenvolvimento.
O Governo Federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), disponibilizou via edital do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Seleções), o montante de R$ 1.350 milhões ao Governo do Estado do Amazonas para a contratação de projetos, que englobam estrutura, reforma e restauro.
Desse montante, R$ 600 mil serão destinados a requalificação da cadeia pública e R$ 750 mil para a contratação de projeto de restauro do Teatro Amazonas.

Cadeia foi inaugurada em 19 de março de 1907, como Casa de Detenção de Manaus
A SEC explicou que o projeto de requalificação da cadeia pública “busca através da ressignificação do imóvel uma nova função social, transformando o local marcado pela segregação, isolamento e o abandono da dignidade humana, em um Centro das Tradições Amazonenses para promover a cultura nas suas diversas formas, além preservar o Patrimônio Edificado”. “Só após a conclusão e entrega dos projetos serão estipulados prazos de início e entrega da obra”, acrescentou a pasta de cultura.
Beatriz Calheiro, superintendente do Iphan, explicou como funciona o edital PAC Seleções. “A SEC ao inscrever no edital, precisava dizer para qual seria a destinação. Para a penitenciária foi destinado um projeto de “Centro de Tradições Amazonenses”. Feita a passada do recurso, a SEC faz a licitação, contrata o projeto, projeto pronto ela vai executar com recursos próprios, ou buscar dentro de uma nova fase do PAC, essa captação de recursos para a execução da obra. A nossa contribuição, digamos assim, do Governo Federal, é garantir de imediato o projeto”.
O montante milionário repassado ainda nesse semestre, via Iphan, para o Governo do Amazonas, será para elaboração do projeto de reforma, restauro e requalificação dos dois prédios históricos do estado.
“Pode parecer um pouco estranho você destinar esse valor para projetos, mas quem é acostumado a lidar com esse ambiente da construção, do patrimônio, da manutenção desses bens, sabe que são projetos caros. Você precisa primeiro garantir o projeto para garantir uma boa execução”, pontuou a superintendente.
Prédio centenário
A cadeia pública foi inaugurada em 19 de março de 1907, inicialmente como Casa de Detenção de Manaus, durante o governo de Antônio Constantino Nery, para aprisionar cerca de 104 condenados. O lugar já chegou a ter 1.170 apenados, uma média de 20 detentos por cela.
O lugar foi desativado em 2016 após o conselheiro Guilherme Calmon, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pedir o fechamento da unidade prisional após realizar vistoria no ano de 2013 e constatar “superlotação de detentos e condições sub-humanas”. Em 2025, o prédio completa 118 anos.
O montante milionário repassado ainda nesse semestre, via Iphan, para o Governo do Amazonas, será para elaboração do projeto de reforma, restauro e requalificação dos dois prédios históricos do estado.
“Pode parecer um pouco estranho você destinar esse valor para projetos, mas quem é acostumado a lidar com esse ambiente da construção, do patrimônio, da manutenção desses bens, sabe que são projetos caros. Você precisa primeiro garantir o projeto para garantir uma boa execução”, pontuou a superintendente.
Prédio centenário
A cadeia pública foi inaugurada em 19 de março de 1907, inicialmente como Casa de Detenção de Manaus, durante o governo de Antônio Constantino Nery, para aprisionar cerca de 104 condenados. O lugar já chegou a ter 1.170 apenados, uma média de 20 detentos por cela.
O lugar foi desativado em 2016 após o conselheiro Guilherme Calmon, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pedir o fechamento da unidade prisional após realizar vistoria no ano de 2013 e constatar “superlotação de detentos e condições sub-humanas”. Em 2025, o prédio completa 118 anos.
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