Manaus (AM) — Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma manifestação no domingo (3) na orla da Ponta Negra, zona oeste de Manaus, pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ato integrou uma mobilização nacional com protestos simultâneos em diversas capitais brasileiras.

Com cartazes, camisetas verde-amarelas e bandeiras do Brasil, os manifestantes se reuniram por volta das 16h e permaneceram no local até o início da noite. A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) acompanhou o evento, que ocorreu de forma pacífica. O número oficial de participantes não foi divulgado.

Reivindicações e discursos

Entre as principais pautas do protesto estavam:
– O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, acusado pelos manifestantes de “abuso de autoridade”;
– O pedido de impeachment de Lula, com alegações de “fraude eleitoral” e “ameaça à liberdade”;
– A anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Durante o ato, lideranças políticas locais discursaram em defesa de Bolsonaro e contra decisões recentes do STF. O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) afirmou que o Brasil vive uma “escalada autoritária” e que é preciso “reagir contra a ditadura conduzida por Lula e Moraes”.

“O povo está nas ruas porque não aceita ver seus direitos sendo violados. O Brasil precisa de liberdade, não de censura e perseguição política”, disse o parlamentar.

Também participaram do evento a deputada estadual Deborah Menezes (PL), o presidente do PL no Amazonas Alfredo Nascimento, além de vereadores e lideranças conservadoras da capital.

Mobilização nacional

O protesto em Manaus fez parte de uma estratégia de descentralização dos atos bolsonaristas, com manifestações registradas em mais de 60 cidades brasileiras. Em capitais como São Paulo, Brasília, Salvador e Belém, nomes como Nikolas Ferreira, Silas Malafaia e Bia Kicis também marcaram presença.

A mobilização foi impulsionada por recentes sanções internacionais contra ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, aplicadas por governos estrangeiros como o dos Estados Unidos. Os manifestantes alegam que essas sanções reforçam a narrativa de perseguição política no Brasil.