Manaus – Uma operação da Polícia Civil do Amazonas revelou um esquema de fraude na área da saúde e resultou na prisão de Sophia Livas de Morais Almeida, suspeita de se passar por médica para atender crianças com cardiopatias graves e autismo. A detenção ocorreu em uma academia durante a Operação Azoth, que desvendou detalhes sobre o caso e levantou preocupações sobre a segurança dos pacientes atendidos pela falsa profissional.

Consultas clandestinas e riscos à saúde

De acordo com as investigações, Sophia afirmava ser especialista em cardiopediatria e chegou a prescrever medicamentos de tarja preta para crianças com autismo, sem qualquer registro profissional que a habilitasse para tal prática. Além disso, fornecia atestados médicos fraudulentos, resultando na demissão de funcionários que usaram os documentos para justificar ausências no trabalho.

As autoridades encontraram um arsenal de itens que comprovam a fraude, incluindo receituários médicos falsificados, crachás de instituições de saúde e documentação manipulada.

Uso de influência e tentativa de manipulação

Sophia também alegava ter ligações com figuras públicas, utilizando o nome de autoridades para ganhar credibilidade e obter acesso a ambientes institucionais restritos. Entretanto, a Prefeitura de Manaus veio a público para negar qualquer vínculo entre o prefeito David Almeida e a falsa médica, desmentindo alegações propagadas por Sophia nas redes sociais.

Veja também:

• Dupla é presa com 200 kg de cocaína avaliada em R$ 6,3 milhões

• Homem é preso por supostos abusos sexuais contra a mãe

• Homem é preso após esconder celular em banheiro feminino

Desdobramentos e alerta às famílias

O caso gerou indignação entre a comunidade médica e familiares de pacientes que foram atendidos pela falsa profissional. Especialistas reforçam a importância de verificar o registro profissional de qualquer médico antes de consultas ou tratamentos, especialmente em áreas críticas como a cardiopediatria.

A Polícia Civil continua investigando e não descarta novas revelações sobre o esquema fraudulento. Autoridades reforçam que a atuação ilegal na área da saúde coloca vidas em risco e que a punição para casos como este deve ser rigorosa, garantindo a segurança da população.