Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a demissão de Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após investigações da Polícia Federal revelarem um esquema de fraudes envolvendo benefícios previdenciários. A operação, batizada de “Sem Desconto“, apontou desvios que somam cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

De acordo com a Polícia Federal, as irregularidades envolviam descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, realizados por entidades associativas que mantinham acordos de cooperação técnica com o INSS. A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que muitas dessas entidades não possuíam estrutura para prestar os serviços oferecidos e que a maioria dos beneficiários não havia autorizado os descontos.

A operação mobilizou mais de 700 policiais federais e 80 auditores da CGU, com o cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal. Durante as ações, foram apreendidos carros de luxo, joias, dinheiro em espécie e outros bens, totalizando mais de R$ 1 bilhão em valores sequestrados.

Stefanutto e outros cinco servidores do INSS foram afastados de suas funções por decisão judicial. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, responsável pela indicação de Stefanutto, afirmou que a decisão judicial será cumprida e que o processo segue em segredo de Justiça.

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A Secretaria de Comunicação Social da Presidência confirmou a demissão de Stefanutto, que será oficializada nas próximas horas. O caso segue em investigação pela Polícia Federal e pela CGU, enquanto o governo federal busca medidas para evitar novos prejuízos aos beneficiários do INSS.