A Polícia Federal indiciou o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, e outros nove suspeitos por possível envolvimento na manipulação de apostas esportivas. Segundo as investigações, o atleta teria provocado um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, supostamente para favorecer familiares no mercado de apostas.

Mandados e investigação

Em novembro de 2024, a PF realizou 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, em Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Entre os investigados estão o irmão e a cunhada do jogador, além de dois amigos.

Na época da operação, Bruno Henrique não se manifestou sobre o caso. O Flamengo, por sua vez, divulgou uma nota oficial afirmando que confiava no atleta e aguardaria o desenrolar da investigação.

Decisão do STJD

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) investigou o episódio e arquivou o caso em setembro de 2024. No relatório, o tribunal apontou que o lance poderia ser interpretado como normal e que os valores das apostas suspeitas eram relativamente baixos, variando entre R$ 1,5 mil e R$ 3,05 mil, com lucro máximo de R$ 6,1 mil.

Além disso, foi destacado que a prática de jogadores forçarem cartões para cumprir suspensão é comum no futebol. A defesa do atleta utilizou esse argumento, alegando que sua condição de estar “pendurado” era pública, o que poderia justificar o aumento no número de apostas.

Possível reabertura do caso

Embora o STJD tenha arquivado a investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal continuam analisando o caso e podem apresentar denúncia à Justiça, caso encontrem elementos que comprovem irregularidades.