
Porto de Parintins enfrenta superlotação após festival
Parintins — O fim do Festival Folclórico de Parintins 2025 foi marcado por cenas de caos e revolta no porto da cidade. Passageiros relataram superlotação, desorganização e venda abusiva de passagens em embarcações que deixaram a Ilha Tupinambarana após os três dias de festa. As denúncias se espalharam pelas redes sociais e geraram uma onda de protestos contra as operadoras de transporte fluvial.
De acordo com relatos, várias empresas comercializaram passagens além da capacidade das embarcações, gerando disputas no embarque e, em alguns casos, deixando passageiros com bilhetes na mão sem direito a embarcar.
A situação ficou ainda mais crítica com a cobrança de preços considerados abusivos. Lanchas rápidas chegaram a cobrar até R$ 1.400 por trecho, muito acima do teto fixado pela Arsepam, que é de R$ 350, sem alimentação. Barcos maiores também foram alvo de fiscalização por ultrapassarem o valor de R$ 150.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) negou o fechamento oficial do porto, mas reconheceu o “colapso no sistema de escoamento de passageiros” devido à alta demanda pós-evento. Vídeos registrados mostram centenas de pessoas aglomeradas, sem orientação, tentando garantir vaga para Manaus ou cidades vizinhas.
O Procon-AM notificou quatro empresas por práticas abusivas e iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades. Já a Polícia Militar, em conjunto com a Marinha do Brasil, foi acionada para conter tumultos e organizar o fluxo de embarque.
Publicar comentário