Manaus – A Polícia Civil do Amazonas prendeu sete pessoas, incluindo líderes religiosos e gerentes de banco, sob suspeita de envolvimento em um esquema de empréstimos fraudulentos contra professores da rede estadual de ensino. A Operação Lousa Negra revelou que os criminosos usavam dados pessoais das vítimas para contratar empréstimos consignados sem autorização, desviando os valores para contas ligadas ao grupo.

Segundo as investigações, o esquema movimentou mais de R$ 3 milhões em apenas um ano, deixando dezenas de educadores endividados sem sequer terem solicitado crédito. Entre os presos estão um pastor, um pai de santo e um gerente de banco, peças-chave na execução da fraude, que contava com a participação de funcionários do sistema financeiro para viabilizar as transações irregulares.

A quadrilha utilizava sua influência para ganhar a confiança das vítimas e facilitar a obtenção dos empréstimos fraudulentos. Os valores eram imediatamente transferidos para contas de terceiros, dificultando o rastreamento e a recuperação do dinheiro.

Os professores atingidos descobriram as irregularidades apenas quando perceberam reduções inesperadas em seus salários devido aos descontos bancários dos supostos empréstimos. Muitos deles agora enfrentam batalhas judiciais para comprovar que foram vítimas do golpe.

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O delegado responsável pela operação afirmou que as investigações continuam, e outros suspeitos podem ser identificados nos próximos dias. Alguns integrantes do grupo permanecem foragidos, e denúncias anônimas podem ser feitas por meio dos canais oficiais da Polícia Civil.

A Secretaria de Educação do Estado alertou os docentes sobre golpes financeiros e recomendou uma verificação minuciosa das movimentações bancárias.