Manaus – Na segunda-feira (26), faleceu Paulo Onça, renomado compositor e sambista, aos 63 anos. Internado há mais de cinco meses em Manaus, ele não resistiu às complicações decorrentes de uma agressão sofrida em um acidente de trânsito.

Em dezembro de 2024, o sambista foi vítima de uma agressão durante um conflito de trânsito na Rua Major Gabriel. O caso gerou ampla repercussão, e imagens de câmeras de segurança registraram o momento da violência que levou Paulo Onça à internação prolongada. O agressor, identificado como o comerciante Adeilson Duque Fonseca, fugiu do local sem prestar socorro, mas teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça.

Figura essencial na cena carnavalesca, Paulo Onça compôs sambas para escolas como Grande Rio e Salgueiro e teve parcerias com grandes nomes da música, como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Com uma carreira de mais de quatro décadas, sua obra contribuiu significativamente para a cultura popular brasileira.

Natural de Manaus, Paulo Onça começou sua trajetória musical aos 16 anos e, em 1990, se destacou na Escola de Samba Vitória Régia com o samba “Nem Verde e Nem Rosa”, que consagrou a escola campeã e se tornou um verdadeiro hino do carnaval local. Em 1998, fez história no Rio de Janeiro, quando conquistou o 7º lugar no Carnaval carioca com a parceria de Quinho e Mestre Louro, em um samba-enredo sobre Parintins para o Salgueiro.

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O Governo do Amazonas e diversas personalidades lamentaram sua partida, destacando seu legado e sua importância para o samba e o carnaval. Autor de mais de 130 composições, ele deixa um trabalho imortalizado nas vozes de grandes intérpretes e nos corações dos amantes do gênero.

O velório de Paulo Onça foi realizado na quadra da escola de samba Vitória Régia, no bairro Praça 14. Amigos, familiares e admiradores se reuniram para prestar suas últimas homenagens ao artista, que marcou gerações com sua música e paixão pelo samba.